Ele tinha mais defeitos que qualidades mas, para ti, ele era o suficiente. Ele fazia-te sorrir, fazia-te rir como ninguém. Era um todo de risos e alegrias, um todo de olhares e simpatias. Era tudo uma brincadeira, até o momento em que começaste a gostar dele. Aí estragaste tudo. Estragaste tudo ao colocar sentimentos onde não devia existir nada.
E deste jeito ele veio para confundir. E aproximou-se e afastou-se, e aproximou-se novamente, afastando-se um pouco mais, e andava nessa corda bamba, mexendo com teu coração duma forma que este mal aguentava. E no fim, voltava a mostrar algo e a dizer que não queria nada. Se tentavas entendê-lo, rapidamente perdias a esperança. Não veio para se explicar.
E esse jeito sem jeito, rapidamente te fez envolver, depressa te fez apaixonar. Esse jeito sem jeito tornava cada dia num dia único. Eram tão diferentes, e tão iguais.
Mas para todos a vida tem um destino traçado, e segundo ela: A gente tem o que precisa. Não o que a gente quer.
Deixaram as coisas chegar a um ponto sem retorno. Era hora de tirares essa paixão da cabeça, essa tristeza do olhar.
Era hora de o encarares e não te sentires triste, era hora de o encarares e não sentires mais nada.
Tu dizias que ele era especial, mas não único. E ainda que para ti o seja, o final feliz baseia-se num “seguir em frente”.
Tu deixaste para trás muita gente, muita felicidade, muitos momentos. Deixaste no passado coisas que certamente darias tudo pra ter no presente.
Continuas a vê-lo e a recordar os momentos que passaste com ele. O tempo passa e continuam iguais. Não o vês como um erro, claro que não. No entanto vê-lo como algo que não gostarias de repetir, pois ele foi, mas foi-se. Ele foi aquilo que acabou, aquilo que ficou para trás. Mas é hora de fechar o livro e passar ao próximo. É hora de seguir em frente. O tempo não pára, nem espera por ti.

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